domingo, 20 de janeiro de 2013

Roraima de Braços Abertos

“Te achei na grande América do Sul
Quero atos que me falem só de ti
E em tuas férteis terras enraizar
A semente do poeta Eliakim
Com seus versos inerentes ao amor
Aves ruflam num arribe musical...”

(Trecho da música Roraimeira, autoria de Zé Preto)


Cheguei a Roraima por volta da 1 hora da madrugada do dia 27 de dezembro de 2012, no horário de Roraima, cujos relógios marcam duas a menos que o horário de Brasília, durante o horário de verão. Direcionei-me à esteira para pegar minha mochila, e depois de fazer isso fui entrar em contato com meus anfitriões, que não identifiquei assim que atravessei o portão de desembarque.

Mas logo consegui contactá-los por telefone, e em seguida eles chegaram, os irmãos Josi e Kyury. Ambos me receberam com muito carinho e alegria, e me senti muito bem acolhida. Fomos para a casa da irmã deles, Janaína, onde eu pude descansar depois de prosearmos um pouco mais.

No dia seguinte, fomos para a casa da mãe deles, a simpática Vânia, e mesmo tão longe de casa tive a experiência de um almoço em família. Além deles, ainda tive a companhia do pequeno Iago, filho de Janaína, e da Pretinha, uma querida cachorrinha.

Durante o almoço eles me contaram um pouco da história da família, cuja origem é mineira, das viagens já feitas por Josi e Kyury, e também dos visitantes que estão acostumados a acolher, pelo intermédio do Couchsurfing. A maior parte estrangeiros, interessados em descobrir e conhecer as maravilhas naturais muitas vezes desdenhadas por nós brasileiros.

Chamou particularmente a minha atenção quando me contaram já terem recebido um rapaz inglês, que não obstante ser cego já havia visitado (sozinho!!!!) mais de 60 países. Segundo Josi, mesmo não enxergando ele fazia questão de ser levado aos pontos turísticos, para sentir o cheiro e a textura das coisas.

Eles também me orientaram quanto ao câmbio, que na fronteira era operado de uma forma diferente do câmbio oficial, que geralmente girava em torno de BSF4 para R$1,00. Na fronteira, ele podia ser trocado pelos muchachos por um valor que variava de BSF7 a 8 por R$1, o que acabava sendo vantajoso para nosotros, brasileños.

Finalizado o almoço e após uma foto de família para registrar meus queridos anfitriões, descansei um pouco e em seguida Kyury e Janaína me deixaram de carro no terminal rodoviário, para pegar o táxi-lotação rumo a Pacaraima. Foi só o tempo de ir ao caixa eletrônico tirar dinheiro, e já havia um táxi pronto para seguir viagem, depois de ter completado o número de passageiros necessário (três além de mim). Despedi-me dos amigos e parti.




Eu e minha família roraimense




Eu e Pretinha, também parte da família

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